Linhas. Incertas, direitas, desviadas. Traços ou riscos, melodias ou ruídos?
Pintura ou devaneio, luz ofuscante que cega, que interroga, que intimida.
Brisa que corre e me beija a face, me acaricia a alma, me reconforta o coração.
Desejo insaciável, busca constante, sonho viciante que pauta um corpo em movimento, sintonizando a natureza e essência do seu ser.
Somos, vivemos, sentimos, e olhamos. Olhamos horizontes.
Que linhas são essas que rasgam o meu olhar? Tão perfeitas e melodiosas, cujos contornos definem o mundo térreo, concreto, quadrado..para penetrarem na imensidão do laranja quente e do violeta doce de uma núvem velejante.
Quero agarrar esse horizonte que me envolve o olhar, quero escrever nele os meus desejos, ambições e utopias..mas não consigo alcançá-lo..
Vou continuar a venerá-lo, e a deixar que lentamente ele veleje em direcção a mim..e se aproxime..
Cada vez mais perto...
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